A suspeita é que entre as doações por pix, Bolsonaro tenha se aproveitado para lavar dinheiro
Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a quebra dos sigilos bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma decisão que tem gerado expectativas e especulações entre os ministros da corte. A medida foi tomada como parte de um esforço para lançar luz sobre doações suspeitas que totalizam R$ 17 milhões, realizadas ao político por meio do sistema de transferência instantânea Pix.
O montante considerável de recursos, transferido em um período relativamente curto, tem levantado preocupações sobre a possibilidade de entre os doadores estarem “laranjas” que possivelmente estejam regularizando recursos de origem duvidosa através desses depósitos. A jornalista Mônica Bergamo, em um artigo na Folha de S. Paulo, informou que a suspeita de que esses depósitos estejam vinculados a práticas de caixa dois se fortaleceu, especialmente após a revelação de um incidente envolvendo o General Mauro Lourena Cid e a suposta posse de US$ 25 mil em dinheiro vivo destinados a Bolsonaro após a venda de joias no exterior.
As suspeitas têm sido motivo de discussão tanto entre os juristas quanto entre a população em geral. Além disso, o General Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, tornou-se uma figura central nesse contexto. A descoberta do dinheiro em espécie associado a ele aumentou a suspeita de que recursos ilegais possam estar sendo direcionados a Bolsonaro, ainda mais considerando a magnitude da quantia.
Em resposta às alegações, o advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, minimizou as preocupações, rejeitando veementemente a possibilidade de depósitos de origem questionável na conta do ex-presidente. Wajngarten afirmou que a chance de tais depósitos serem encontrados é “zero, zero”. Ele também destacou que a maioria dos depósitos são de pequenos valores, como R$ 2, R$ 20 e R$ 200, indicando que se tratariam de doações de apoio popular.
Os R$ 17,2 milhões em questão vieram à tona por meio de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas na conta do ex-presidente. Especula-se que essas transações incomuns possam estar relacionadas a uma vaquinha realizada por apoiadores de Bolsonaro para pagar multas judiciais.
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