A Associação Maranhense de Fibrose Cística expressou preocupação diante da falta do medicamento essencial, Creon/pancreatina, usado no tratamento desta condição, que afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo. A medicação, normalmente disponibilizada gratuitamente na Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (FEME), está ausente há quase dois meses, gerando inquietação na comunidade de pacientes que dependem do tratamento.
A fibrose cística é uma condição genética séria que requer atenção médica constante e o uso de medicamentos específicos para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a ausência de tratamento adequado pode levar a complicações graves e até mesmo ao óbito.
Segundo informações da Associação Maranhense de Fibrose Cística, a previsão atual é que a distribuição dos medicamentos seja retomada somente em setembro. Isso tem causado ansiedade e preocupação entre os pacientes e suas famílias, uma vez que a interrupção do tratamento pode ter impactos significativos na saúde dos indivíduos afetados.
Além do desafio de encontrar a medicação, a despesa associada à compra do Creon/pancreatina também é um fator alarmante para muitos pacientes e suas famílias. Uma embalagem contendo 30 cápsulas tem um valor médio de R$ 120, o que equivale a aproximadamente uma semana de tratamento. Com isso, a despesa mensal para adquirir o medicamento pode ultrapassar os R$ 600, representando um encargo financeiro considerável para aqueles que já enfrentam as dificuldades associadas à doença.
No mês de fevereiro de 2022, um acordo foi estabelecido entre o Ministério Público do Maranhão, o Governo do Estado e a administração municipal de São Luís para a criação de um centro especializado no atendimento de crianças e adolescentes afetados pela fibrose cística. No entanto, até o momento, o projeto ainda não saiu do papel, deixando a comunidade de pacientes sem o suporte adicional prometido.
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