Na manhã de quinta-feira (30), o Projeto Cine ESMP/MA da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão exibiu o filme “Trançatlânticas” para alunos do Centro de Ensino Pedro Alvares Cabral, no Centro Cultural do MPMA. O curta-metragem foi produzido pela “Explana Mermã”, uma produtora audiovisual e cultural maranhense, e foi contemplado com incentivo do edital da Fundação Roberto Marinho em parceria com o Canal Futura. O filme aborda a questão do trancismo em São Luís, contando a história de cinco mulheres pretas de diversas comunidades e retratando o ato de trançar os cabelos como uma herança de resistência, resiliência e ancestralidade para a população negra. Após a exibição, os alunos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e fazer apontamentos sobre o trabalho.
Louyse Sousa, produtora executiva do filme, professora de História em formação na Universidade Federal do Maranhão e produtora cultural e audiovisual, falou sobre o processo de produção do filme e os resultados que o coletivo deseja colher. O objetivo é mostrar como a tecnologia de trançar cabelos, de herança africana, foi ressignificada no Brasil e significa empoderamento econômico para a comunidade negra, em especial para as mulheres.
Jorge Serejo, professor do curso de Direito da UNDB e pesquisador da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), falou sobre o “Afrofuturismo e Transição” e fez uma breve exposição do Estatuto da Igualdade Racial, relatando a história como processo de compreensão da evolução da identidade ao longo dos anos. Ele observou que o filme retrata passado e futuro, mostrando a perspectiva de transição de um momento para outro, e que no futuro, as formas de sociabilidade e condicionamento da pessoa negra não devem ser apenas pela sobrevivência.
A promotora de Justiça Letícia Freire, do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência de Gênero (CAO-Mulher), destacou a importância de discutir essas temáticas em rodas de conversa. Ela ressaltou como o documentário foi enriquecedor, mostrando que as tranças empoderam, trabalham a beleza e a autoestima, e que saber que existem movimentos de resistência que conseguem produzir filmes como esse nos fortalece enquanto pessoas. A promotora de justiça Elyjeane Alves, da ESMP, a administradora do Centro Cultural, Dulce Serra, e o analista ministerial e curador do Centro Cultural, Francisco Colombo, também estiveram presentes no evento.
Leia outras notícias em cubo.jor.br. Siga o Cubo no BlueSky, Instagram e Threads, também curta nossa página no Facebook e se inscreva em nossos canais, do Telegram e do Youtube. Envie informações e denúncias através do nosso e-mail.
Share this content:
Descubra mais sobre Cubo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.