O aumento acontece após Bolsonaro admitir dolarização dos preços a partir da cotação do barril de petróleo, que explodiu com a guerra na Ucrânia.
Após dois meses com o preço congelado a pedido do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a Petrobrás anunciou um aumento de 18,8% no preço da gasolina e 25% no diesel.
O congelamento dos preços foi uma estratégia de Bolsonaro para frear sua queda nas pesquisas eleitorais e para salvar sua imagem política. A sua tentativa de culpar outros setores, como os governadores e os prefeitos pela alta dos preços, Bolsonaro finalmente admitiu que a alta dos combustíveis está atrelada à política de paridade de preço internacional (PPI) do petróleo.
O reajuste passa a valer a partir desta sexta-feira (11). O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
O valor do GLP (gás liquefeito de petróleo), o chamado gás de cozinha, também sobe. O preço médio de venda do insumo passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse a empresa em nota.
A Petrobras justifica a alta justamente por causa da política de dolarização adotada no governo Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, diz na nota.
Com informações da Revista Fórum
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