PACIENTES DE COVID-19 TÊM 16 VEZES MAIS CHANCES DE DESENVOLVER MIOCARDITE

Dados do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doença) são de maio de 2021 e alertam para as complicações cardiovasculares decorrentes da covid-19

Dados do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doença) são de maio de 2021 e alertam para as complicações cardiovasculares decorrentes da covid-19

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Tratada inicialmente como uma doença basicamente pulmonar, a CoVid-19 logo se mostrou uma enfermidade sistêmica, atacando quase todos os órgãos. A compreensão dos mecanismos da doença evoluiu muito, especialmente durante o primeiro semestre de 2021. Estudos mais recentes mostram que a reação inflamatória descontrolada causada pelo novo Coronavírus atingem também o sistema cardiovascular, ocasionando em alguns casos a miocardite (inflamação do músculo cardíaco). Como principais consequências dessa inflamação, aparecem arritmias e até insuficiência cardíaca.

Um estudo feito na Alemanha e publicado na revista Jama Cardiology em julho de 2020 já mostrava como o novo Coronavírus afeta o coração. Os pesquisadores estudaram cem pessoas, com idade média de 49 anos, que se recuperaram da CoVid-19. A maioria foi assintomática ou apresentou sintomas muito leves. Cerca de dois meses depois do diagnóstico, os cientistas submeteram os pacientes já totalmente curados a exames de ressonância magnética e fizeram descobertas alarmantes: cerca de 80% deles apresentavam anomalias cardíacas e 60% tinham algum grau de miocardite.

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Mais recentemente, em maio de 2021, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doença) dos Estados Unidos apresentou resultados de um estudo revelando que pacientes de Covid-19 têm 16 vezes mais chances de desenvolver miocardite e, consequentemente, arritmias cardíacas.

“O que temos observado em pacientes pós-CoVid, inclusive entre assintomáticos, é a ocorrência de episódios de arritmias e até insuficiência cardíaca, sem um histórico pregresso de doenças cardiovasculares”, explica o cardiologista Luciano Jannuzzi Carneiro. O especialista alerta que, muitas vezes, essas alterações são de difícil diagnóstico, uma vez que os episódios são irregulares e passageiros. “Muitas dessas alterações podem ser revertidas, desde que diagnosticadas e tratadas o quanto antes e de maneira individualizada para cada caso”, afirma.

Mas qual é o caminho para o diagnóstico adequado de episódios esporádicos ou de alterações cardíacas que não provoquem sintomas? “Atualmente, dispomos da tecnologia do looper implantável, dispositivo que faz o monitoramento e a detecção das arritmias com bastante precisão, como o BIOMonitor III, da BIOTRONIK. O dispositivo é implantado no paciente de maneira simples, rápida e praticamente sem risco de complicações, sendo capaz de monitorar continuamente o ritmo cardíaco, auxiliando nos diagnósticos e, principalmente, na indicação precoce dos tratamentos mais adequados a cada caso”, diz.

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