Em um desdobramento significativo da Operação 18 Minutos, deflagrada pela Polícia Federal há duas semanas, a desembargadora afastada do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney, solicitou acesso às investigações que envolvem seu nome. A petição foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 26 de agosto, e está sendo analisada pelo ministro Cristiano Zanin.
O pedido da defesa de Nelma Celeste é para obter informações detalhadas sobre o inquérito e as quebras de sigilo que a atingem, no âmbito das investigações conduzidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo está tramitando em segredo de Justiça no STF, o que impede a divulgação de detalhes específicos no momento.
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A Operação 18 Minutos, autorizada pelo STJ e liderada pela PF, investiga um alegado esquema de corrupção envolvendo advogados e magistrados do TJMA. As suspeitas giram em torno de fraudes em processos judiciais, onde seriam solicitadas indenizações milionárias e valores substanciais em dinheiro. Entre os indícios levantados, estão a manipulação na distribuição das relatorias dos processos, correções monetárias realizadas sem justificativas e uma celeridade seletiva em determinadas ações.
No contexto da operação, a desembargadora Nelma Celeste foi afastada do TJMA por um período de um ano, por ordem do ministro do STJ João Otávio Noronha. É importante notar que ela já estava afastada do cargo desde fevereiro, em razão de uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que alegou que ela havia favorecido um ex-assessor, permitindo sua aprovação em um concurso para cartórios no Maranhão.
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