Câmara Municipal de São Luís debate envolvimento de prefeito em caso de dinheiro no porta-malas

O caso do Renault Clio vermelho encontrado com R$ 1 milhão no porta-malas, no dia 30 de julho, foi tema central na retomada das atividades parlamentares da Câmara Municipal de São Luís, nesta segunda-feira (5). A descoberta do dinheiro levantou questões sobre a integridade dos recursos das emendas parlamentares e a possível ligação do prefeito Eduardo Braide com o incidente.

Durante a sessão, o presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB), defendeu a necessidade de investigar as alegações envolvendo o prefeito. “Nossos parlamentares sempre se posicionaram com muita coerência e nunca utilizaram os recursos desta instituição para politicagem. É preciso ter integridade e seriedade com a coisa pública e estas denúncias, que são fortes, envolvendo o prefeito e seus servidores, devem ser investigadas”, declarou Paulo Victor.

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Outro parlamentar que se pronunciou sobre o caso foi o vereador Raimundo Penha (PDT), que enfatizou a necessidade de esclarecimentos. “Nós temos um servidor da prefeitura envolvido, temos um servidor do gabinete do irmão dele, que é deputado, envolvido. Não estou antecipando nenhum posicionamento, mas gera muita dúvida quando um gestor vê envolvimento de vários parentes e assessores, ainda mais quando se avizinha um processo eleitoral. A melhor forma de esclarecer tudo é o prefeito vir a público e se posicionar oficialmente”, afirmou Penha.

O co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), também manifestou sua preocupação e cobrou um posicionamento do prefeito. Ele sugeriu que, caso Eduardo Braide não se manifeste sobre o envolvimento dos servidores, a Câmara Municipal pode convocar secretários e assessores para prestar esclarecimentos. Além disso, Soares pediu uma investigação por parte do Ministério Público do Maranhão (MPMA) e da Justiça do Maranhão. “O que nos incomoda também é que em outras situações, o GAECO, o Judiciário já estaria fazendo investigação. Outras instâncias precisam cumprir com seu papel. O Ministério Público, o Judiciário, precisam investigar essa situação”, concluiu Jhonatan Soares.

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