O avó do jovem Vavá, Senhor Deusdete Matias, relatou aos familiares que um homem desconhecido chegou em sua residência, antes do desaparecimento de Vavá, trazendo uns documentos informando que teria “arranjado uma vaga para cuidar do Vavá”.
O Senhor Deusdete Matias afirmou que não assinou nada. Até o momento, o Conselho Tutelar de Alto Alegre do Maranhão informou que a pessoa desconhecida não é um agente público. O caso de José Vandeilson Silvina de Sousa chamou a atenção dos leitores do blog O Cubo e manteremos sempre atualizado.
De acordo com o 14º Anuário de Segurança Pública no Maranhão foram contabilizados 799 casos de pessoas desaparecidas em 2019, uma média de 67 desaparecimentos por mês. O Programa Desaparecidos é parte das ações desenvolvidas pelo Disque-Denúncia do Maranhão. Quem deseja comunicar casos de desaparecimento, encontro ou prestar informações que auxiliem nas buscas podem fazer por meio do Disque-Denúncia nos telefones 98-3223-5800, 0800-313-5800 ou pelo serviço do WhatsApp 98-99224-8660.
Caso Vavá
O jovem José Vandeilson Silvina de Sousa, conhecido como Vavá, desapareceu no dia 09 de novembro de 2020. Vavá tinha 17 anos e morava em Morro dos Anjicos, povoado que fica 4kl do Alto Alegre. Sendo um jovem com transtorno mental Schizophrenia. Quando ficou sem seus remédios controlados, acabou desaparecendo quando teve um surto.
A família de Vavá possuía uma ajuda particular, vindo do médico conhecido como Dr. Alfonso, que acabou falecendo um pouco antes do desaparecimento de Vavá. Dr. Alfonso era o responsável de trazer os remédios direto de São Luís para todos seus pacientes quando faltava os medicamentos vindo direto do SUS.
Sem recursos particulares e público, José Vandeilson acabou entregue a própria sorte. Quando teve seu surto de crise de ansiedade, por ser menor de idade, acabaram chamando o Conselho Tutelar. Vavá morava com seu avô, Senhor Deusdete Matias, que foi solicitado para sair de casa, deixando Vavá sozinho.
Conforme o relato da família, “o Conselho Tutelar do Alto Alegre do Maranhão nada fez pra ajudar o rapaz, eles automaticamente assumiram que o Vavá estava era sobre o efeito de drogas o que não era o caso dele”.
O Senhor Deusdete Matias é analfabeto e mal sabe assinar o próprio nome. Acabou deixando com o Conselho Tutelar o jovem, pois garantiram que iam ajudar o garoto em crise. O que não foi o caso. Alguns dias depois, o Vavá desapareceu misteriosamente sem deixar vestígios algum.
Algumas pessoas relataram a família que “parou um carro na porta, botaram ele (Vavá) dentro e saíram em direção ao Alto Alegre”. O caso ainda está sem resposta e fica alguns questionamento. Como um jovem desaparece dentro de um órgão público, como o Conselho Tutelar? O jovem morava em um povoado que possui 26 moradores e ninguém viu ou tem uma resposta. Vavá não sabe dizer o seu nome direito, não sabe dizer os nomes dos seus familiares e tão pouco sabe dizer de onde é por causa de sua deficiência.
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