Na manhã desta quarta-feira (16), o cenário musical do Maranhão e do reggae perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas e influentes. O DJ e produtor musical José Ribamar Santos, também conhecido como Júnior Black, faleceu após anos de batalha contra problemas de saúde. Seu legado como um dos pioneiros do movimento reggae no estado deixa uma marca profunda na cultura local.
A notícia do falecimento do icônico “General do Reggae” foi divulgada por Ademar Danilo, também DJ e produtor cultural, por meio de uma postagem em uma rede social. A comoção tomou conta das redes e da comunidade musical, evidenciando a importância de Júnior Black para o desenvolvimento do reggae no Maranhão.
Ademar Danilo lamentou a perda em sua postagem, enfatizando a contribuição de Júnior Black para a consolidação do movimento reggae na região. Ele destacou: “É uma perda muito grande para todos nós que construímos o movimento reggae no Maranhão. Contribuiu grandemente na formação do Museu do Reggae, criou as radiolas Black Power, Irie FM e Rebel Lion, viajou muitas vezes à Jamaica. Siga em paz, irmão.”
Júnior Black enfrentou problemas de saúde nos últimos anos e passou por tratamentos específicos em decorrência dessas dificuldades. Hoje, pela manhã, após um episódio de convulsões, o DJ não resistiu e veio a falecer.
A trajetória de Júnior Black é marcada por sua dedicação incansável à promoção e disseminação da música reggae. Desde 1977, ele esteve ativamente envolvido no cenário cultural do Maranhão, ajudando a estabelecer o reggae como uma força musical e social na região. Sua influência se estendeu por várias gerações, deixando um legado duradouro.
Um dos feitos notáveis de Júnior Black foi a fundação das radiolas Black Power, Sonzão do Jr Black, Rebel Lion e Irie FM, que se tornaram plataformas vitais para a divulgação do reggae e para a promoção de artistas locais e internacionais. Além disso, em 2003, ele inaugurou o Bar Kingston 777, um local que se tornou um ponto de encontro para os amantes da música jamaicana e do estilo de vida reggae.
A partida de Júnior Black deixa um vazio na cena musical do Maranhão e além. Seu compromisso com a música, a cultura e o ativismo social permanecerá como inspiração para as futuras gerações de músicos e apreciadores do reggae. A memória do “General do Reggae” continuará a ecoar através dos acordes e das vibrações que ele ajudou a difundir, mantendo viva a essência do reggae no coração do Maranhão e além de suas fronteiras.
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