Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Bolsonaro, foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9/8) em Santa Catarina. A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, é parte de uma operação que investiga o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022.
A prisão ocorreu em Florianópolis, onde Silvinei reside, e é desdobramento de investigações que remontam ao segundo turno das eleições, quando foram realizadas alegações de blitze ostensivas e direcionadas no Nordeste. Essas operações teriam ocorrido em um momento em que o ex-presidente Lula mantinha uma vantagem nas pesquisas sobre Jair Bolsonaro. A Polícia Federal instaurou a investigação em resposta a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) feito no ano passado.
Além da prisão de Silvinei, a Polícia Federal está cumprindo 10 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso, também autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. Um dos mandados tem o ex-diretor da PRF como alvo, com buscas sendo realizadas em diferentes endereços ligados a ele na capital catarinense.
Os indícios levantados apontam para possíveis crimes de prevaricação e violência política, conforme estabelecidos no Código Penal Brasileiro. Adicionalmente, há suspeitas de obstrução do processo eleitoral, com base no Código Eleitoral Brasileiro, incluindo acusações de impedir o livre exercício do voto, bem como ocultar, sonegar ou restringir o acesso a serviços essenciais em dia de eleição.
A operação que culminou na prisão de Silvinei Vasques recebeu o nome de “Operação Constituição Cidadã”, fazendo alusão à Constituição de 1988, que consagrou o direito ao voto como um pilar fundamental da democracia brasileira. A prisão do ex-diretor da PRF reforça a importância de salvaguardar a integridade do processo eleitoral e garantir que os princípios democráticos sejam mantidos intactos.
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