Amparado por um habeas corpus, o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu não responder aos questionamentos dos membros da CPMI do 8 de Janeiro. Durante mais de oito horas de inquirições, trajando a farda do Exército, o militar recorreu ao direito de permanecer em silêncio, já que é alvo de oito investigações pelo Poder Judiciário, principalmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mauro Cid afirmou que não tinha nenhuma ingerência em demandas encaminhadas a ele pelo presidente e seu entorno e que, no trabalho de ajudante de ordens, não tinha qualquer poder de decisão. Ele se calou sobre supostas conexões com participantes dos ataques ou com os financiadores dos atos golpistas.
O tenente-coronel está preso desde o dia 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação. Entre os inquéritos a que responde, estão os que se referem à possível participação na articulação golpista e na invasão das sedes dos Poderes da República, em Brasília.
Durante seu depoimento, Mauro Cid falou sobre sua trajetória nas Forças Armadas e disse que, durante os quatro anos em que exerceu o posto de ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, apenas cumpria atividades de assessoramento e secretariado executivo, sem qualquer ingerência em decisões.
— Não estava na minha esfera de atribuições analisar propostas, projetos ou demandas trazidas pelos ministros de Estado, autoridades e demais apoiadores. Ou seja, não participávamos das atividades relativas a gestão pública — disse.
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