Ghoeber Morales, psicólogo e mentor de carreira, listou quais são as situações e sinais mais comuns em pessoas que escancaram a infelicidade no ambiente de trabalho.
O que dá sentido à sua vida e como a sua profissão está inserida nela? Nos dias de hoje, é comum observar pessoas que, após alguns poucos anos atuando em uma mesma empresa ou segmento, já chegam ao estágio de repensar o que estão fazendo. Questionam-se se há reconhecimento profissional, se estão se sentindo desafiadas, se seus valores pessoais estão sendo preenchidos, se é possível fazer mais do que se tem feito e até mesmo colocam em dúvida se estão tendo sucesso na profissão. Tais indagações podem sinalizar que algumas coisas não estão mais fazendo tanto sentido. É aí que o desejo de realizar mudanças aflora.
“No geral há um sentimento de autoestima e autoconfiança baixos, o que faz a pessoa ficar travada e paralisada, se comparando às outras pessoas, preocupada com o julgamento alheio e sentindo que ‘a vida não está andando’ o quanto poderia estar. A pandemia escancarou muitas sensações que já existiam e, para alguns, foi o gatilho para a decisão de mudar”, comenta Ghoeber.
Ao longo de 17 anos estudando e trabalhando com o comportamento humano, Ghoeber Morales identificou 10 dores recorrentes em pessoas que estão insatisfeitas profissionalmente e que desejam mudar, mas ainda estão presas em alguns paradigmas. São elas:
1 – Falta de sentido na vida profissional
2 – Baixa autoconfiança
3 – Baixa autoestima
4 – Medo do julgamento alheio
5 – Desejo de ter mais autonomia no trabalho
6 – Procrastinação
7 – Insatisfação com o salário
8 – Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional
9 – Má gestão do tempo
10 – Falta de assertividade (dificuldade de dizer não e defender o que de fato deseja)
“O medo existe em todos nós. De continuar no mesmo lugar (fracassado ou num lugar menor do que ele merece/pode estar); de não atingir o sucesso almejado, de se sentir e ser visto pela sociedade como incompetente/perdedor/fracassado, e o medo de mudar também. Ele está ali, impedindo as ações, mas ao destravar esses sentimentos, vemos pessoas se sentindo mais “adequadas” e mais “pertencentes” ao que é esperado delas (na verdade ao que eles mesmos desejam deles). Elas se reconhecem e se orgulham mais de si mesmas”, acrescenta o doutor.
E como dar o primeiro passo? Como vencer o medo de ser um agente de sua própria mudança?
“Primeiro é preciso sair do comodismo e começar a se mexer. O apoio profissional nesse momento é ótimo pois irá ajudar a entender os objetivos, direcionar e depois disso, ajudar a promover a disciplina e regularidade. Meu papel como psicólogo é ajudar as pessoas a construírem uma vida pessoal e profissional com mais sentido. E eu amo fazer isso”, conclui Ghoeber Morales.
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