Os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) farão uma Assembleia com Mobilização de Protesto nesta quinta-feira, 03 de outubro, a partir das 9 horas, na sede da empresa, localizada na Rua Silva Jardim, no Centro de São Luís. Entre as possíveis ações, a categoria discute a realização de uma passeata até o Palácio dos Leões, que será decidida durante a Assembleia.
O movimento é coordenado pelo Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU-MA), que representa a categoria, e tem como foco a cobrança por direitos trabalhistas que, segundo o Sindicato, vêm sendo negligenciados pela Caema. Entre as principais reivindicações, estão o pagamento de adicionais e retroativos de passivos trabalhistas, como o do Dissídio Coletivo de 2019, já conquistado judicialmente, mas não efetivamente pago pela empresa.
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Proposta indecente e negociações falhas
O presidente do STIU-MA, Rodolfo Fonseca, afirma que diversas tentativas de diálogo foram feitas ao longo dos últimos meses com a diretoria da Caema, sem sucesso. Segundo ele, uma proposta enviada pela empresa ao sindicato, na última semana, foi rejeitada pela categoria, que a considerou “indecente”. A proposta incluía a renúncia, por parte dos trabalhadores, de todo o retroativo dos direitos que foram judicialmente garantidos e que, até o momento, não foram pagos corretamente.
“Nosso objetivo é sempre resolver pela via administrativa, em negociação direta. Quando isso falha, recorremos à Justiça do Trabalho e conquistamos nossos direitos. Mesmo assim, a Caema costuma atrasar a implantação dessas decisões, criando um passivo trabalhista. Isso nos obriga a intensificar a mobilização e cobrar diretamente o Governo do Estado, que é o acionista majoritário da empresa”, declarou Rodolfo Fonseca.
Luta histórica contra a má gestão
Os trabalhadores da Caema enfrentam uma batalha histórica contra a má gestão da empresa. Além da luta por melhores condições de trabalho e pelo pagamento de direitos, a categoria defende a importância de manter os serviços públicos de saneamento sob controle estatal, mas denuncia o que considera ser um padrão de má gestão ao longo das sucessivas administrações.
“Troca o governo, mas a Caema segue enfrentando problemas de gestão. Em vez de dialogar com quem realmente entende de saneamento, que são os trabalhadores da empresa, as diretorias preferem inchar a companhia com cargos comissionados. Depois alegam crise financeira e jogam a culpa nas costas dos trabalhadores”, criticou Fonseca.
A mobilização de quinta-feira pode culminar em uma passeata até o Palácio dos Leões, sede do governo estadual. A decisão dependerá do andamento da Assembleia e da apresentação, ou não, de uma nova proposta da diretoria da Caema.
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