Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Além disso, os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. A ação faz parte da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal.
A investigação da Polícia Federal é sobre um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Segundo a Polícia Federal, “Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”.
A TV Globo e a GloboNews apuraram que teriam sido forjados os certificados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele. Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
Até o momento, Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na Polícia Federal em Brasília. A corporação investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Todos os alvos da operação já tiveram as prisões cumpridas até as 7h da manhã desta quarta-feira.
A ação da Polícia Federal reforça a importância da vacinação contra a Covid-19 e a gravidade das consequências da falsificação de dados. É fundamental que todas as pessoas cumpram as regras sanitárias e sejam vacinadas para evitar a propagação da doença.
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