O jornalista Oswaldo Eustáquio, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta mais uma reviravolta em sua conturbada trajetória. O Ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou que a Polícia Federal incluísse o nome de Eustáquio na lista de difusão vermelha da Interpol. Essa lista consiste em uma relação de pessoas procuradas pela Justiça em nível internacional.
O motivo para a inclusão de Eustáquio na lista da Interpol está relacionado a um inquérito que o STF está conduzindo, que investiga os chamados “atos antidemocráticos”. O jornalista é uma das figuras sob investigação nesse processo, o que o levou a sair do Brasil logo após as eleições do ano passado, com receio de ser preso novamente.
Desde então, Eustáquio afirmou que buscou refúgio em oito países diferentes. Por meio de vídeos compartilhados em suas redes sociais, ele tem mostrado sua rotina, inclusive as dificuldades enfrentadas ao dormir em albergues. A situação se agravou após o STF bloquear suas contas bancárias, o que o levou a pedir ajuda por meio de PIX, contando com o auxílio de seus três filhos.
Em um apelo emocionado, Mariana Eustáquio, uma das filhas do jornalista, pede a liberação de suas contas bancárias e critica as decisões de Moraes. Ela destaca que, caso o pedido não seja atendido, ela e seus irmãos não poderão frequentar a escola e serão obrigados a doar seus cachorrinhos.
O ofício do Ministro Alexandre de Moraes que determina a inclusão do nome de Eustáquio na lista da Interpol faz parte de um inquérito sigiloso do STF e chegou ao conhecimento da cúpula da Polícia Federal no dia 7 de julho. Até o momento, no entanto, o nome do jornalista ainda não consta na lista de difusão vermelha da Interpol.
A defesa de Oswaldo Eustáquio, representada pelo advogado Ricardo Freire Vasconcellos, já se manifestou e informou que pretende recorrer da decisão de Moraes. O advogado afirmou que o Instituto Internacional de Defesa de Presos e Exilados Políticos (IIPEP) enviará um ofício à Interpol, solicitando a não inclusão do nome de Eustáquio na lista, com base no argumento de que sua inclusão seria motivada por perseguição política, e que o jornalista é um refugiado político.
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