O estado do Maranhão continua a ser palco de tensões entre os docentes das Universidades Estaduais do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) e o governo liderado por Carlos Brandão. A greve dos professores, que já dura semanas, revela um impasse aparentemente insuperável entre as partes envolvidas.
Os docentes, representados pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Estaduais do Maranhão (SINDUEMA), têm buscado incansavelmente o governo estadual para abordar questões urgentes relacionadas às universidades estaduais. Esta busca por diálogo não é nova, ocorrendo muito antes do início da greve, à qual os docentes afirmam terem sido “empurrados” devido à falta de atenção às suas demandas.
O SINDUEMA alega que as reuniões com representantes do governo, incluindo a Secretaria da Casa Civil, Secretaria de Orçamento e Secretaria de Gestão (SEGEP), e duas reuniões na Secretaria de Gestão, não produziram resultados significativos. O governo, segundo o sindicato, não apresentou uma posição concreta em relação à pauta da greve docente e não fez esforços para oferecer contrapropostas.
Os professores deixaram claro que estão dispostos a negociar, mas apenas quando o governo apresentar uma contraproposta. Até que isso aconteça, a greve permanecerá.
Além da falta de progresso nas negociações, os docentes expressaram preocupação com a maneira como a educação está sendo tratada pelo governo estadual. Eles afirmam que tentativas do governo de minimizar a importância do movimento grevista, que levou a sociedade maranhense a discutir a relevância das universidades estaduais, são desrespeitosas com o corpo docente e o patrimônio representado pela UEMA e UEMASUL.
Em resposta às alegações do governo de que a greve está restrita a algumas unidades, o SINDUEMA destaca que a adesão à greve é significativa, com grandes campi e cursos sendo afetados em várias partes do estado. Cidades como Açailândia, Santa Inês, Balsas, Estreito, Imperatriz e Caxias relatam uma paralisação completa, enquanto em São Luís, a adesão à greve chega a quase 80%. Essa forte adesão demonstra a insatisfação dos professores com as condições salariais e de trabalho nas instituições de ensino superior.
Em sua resposta, o governo estadual enfatiza seu compromisso com o diálogo, mas também aponta os desafios financeiros que o estado enfrenta, incluindo cortes nos repasses federais que afetam o orçamento. Segundo o governo, a maioria dos campi da UEMA já está funcionando com aulas normais ou parcialmente afetadas, e um plano de recomposição do calendário letivo será elaborado após o fim da greve.
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