Um recente alvoroço foi causado pelas alegações do estatístico Winston Smith, que, ao se identificar, trouxe à tona preocupações sobre a segurança da vacinação com mRNA na Nova Zelândia. No entanto, ao examinar de perto as informações apresentadas, surge uma imagem mais complexa e nuances que merecem consideração. A notícia foi compartilhada pelo jornalista Linhares Jr. em seu blog.
Em uma entrevista conduzida por Liz Gunn, da The Epoch Times, conhecida por ser uma máquina de desinformação em escala global que torna populares narrativas do submundo. Smith ressalta sua não oposição à vacinação, mas sim à suposta imposição sem escolha. Embora essa preocupação seja válida, é crucial diferenciar entre questões relacionadas à liberdade individual e suposições infundadas sobre a segurança das vacinas.
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A alegação central de Smith baseia-se em padrões alarmantes de mortalidade pós-vacinação, especialmente após a introdução da terapia genética com mRNA. Entretanto, é essencial observar que a correlação não implica causalidade, e é necessário um exame mais aprofundado dos dados antes de tirar conclusões precipitadas.
O estatístico destaca picos de mortalidade em junho e julho de 2021, coincidindo com a expansão da vacinação. Contudo, a análise não leva em consideração fatores externos, como o aumento natural de casos devido à sazonalidade de algumas doenças respiratórias. Não podemos descartar a possibilidade de que esses eventos sejam simplesmente coincidências temporais, não causadas pela vacinação.
Outra preocupação levantada é a associação entre lotes de vacinas e a taxa de mortalidade. Smith destaca Christchurch e Invercargill, alegando irregularidades nos lotes e agrupamentos incomuns de mortes. No entanto, é preciso considerar a densidade populacional e outros fatores que poderiam influenciar os números. Dados isolados de pequenas populações podem levar a interpretações distorcidas.
É relevante mencionar que Smith apela a especialistas em análise de dados para validar suas descobertas. Isso é um passo positivo, mas a comunidade científica deve se envolver em uma avaliação transparente e rigorosa dos dados antes de aceitar conclusões que possam gerar pânico infundado.
Gunn, apesar de sua experiência como jornalista e advogada, lembra que a vacina foi vendida como uma proteção aos idosos. No entanto, é importante destacar que os benefícios da vacinação não se limitam a uma única faixa etária; ela visa proteger a população como um todo, reduzindo a disseminação do vírus e suas complicações.
Em conclusão, enquanto é legítimo questionar a imposição e promover a transparência, é fundamental abordar as alegações de Smith com ceticismo científico. Correlações não confirmam causalidade, e dados isolados precisam ser contextualizados adequadamente. Um exame mais aprofundado, conduzido por especialistas independentes, é necessário antes de aceitar ou rejeitar as preocupações levantadas por Winston Smith.
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