É falso que vídeo mostra plantação de maconha do MST na Bahia

Desinformação sobre plantação de maconha e MST circula nas redes

É falso que uma plantação de maconha foi descoberta em um terreno invadido pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Jacobina (BA), como alegado por publicações nas redes. As peças enganosas difundem um vídeo de uma operação da Polícia Militar da Bahia, que destruiu uma lavoura da erva na zona rural de Mirangaba (BA), em 2020, e não há qualquer relação com o MST.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 40 mil visualizações no TikTok e 1.100 curtidas no Instagram nesta quinta-feira (13). As peças de desinformação circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance.

Um vídeo que mostra uma operação policial em uma plantação de maconha em Mirangaba (BA), gravado em 24 de abril de 2020, tem sido difundido por publicações nas redes como se a lavoura da erva pertencesse ao MST em Jacobina, o que é mentira. Além de não ser mencionado que a plantação pertenceria ao MST durante a filmagem, a 24ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), responsável pela operação, informou ao Aos Fatos que não identificou envolvimento nem apreendeu materiais relacionados ao MST.

De acordo com o relato dos policiais militares, eles foram recebidos na plantação a tiros de arma de grosso calibre. Na tentativa de capturar os agressores foram encontradas vestimentas camufladas, como cápsulas de projéteis em calibre 7,62 e 9 milímetros. No total foram destruídos 100 kg de erva pronta para consumo, além de 126 mil pés de maconha, que estavam em uma área de 10.700 metros quadrados.

O MST afirmou também que não possui acampamentos nas cidades baianas de Mirangaba e Jacobina, e que “não procedem o envolvimento de militantes em plantios de maconha”. Em fevereiro deste ano, no entanto, integrantes do MST ocuparam uma área na zona rural de Jacobina com a justificativa de que a propriedade estaria abandonada, o que foi negado pelo dono do terreno. O local foi desocupado pelo movimento em março após confrontos com proprietários de terra.

Com informações de Aos Fatos.

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