Uma recente afirmação do Blog Caio Hostilio, atribuindo a queda de dez posições do Brasil no ranking de corrupção da Transparência Internacional às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), foi desmentida pelo próprio relatório da entidade. Contrariando a narrativa, o documento destaca a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro como um retrocesso no combate à corrupção no país, indicando que os anos de seu mandato desmantelaram os avanços conquistados ao longo de décadas.
Segundo a Transparência Internacional, o combate à corrupção é sustentado por três pilares fundamentais: o judicial, o político e o social. No entanto, o relatório argumenta que Bolsonaro empenhou-se em minar cada um desses pilares, seja para proteger sua família de investigações comprovadas, seja para evitar um processo de impeachment por diversos crimes de responsabilidade e ataques à democracia.
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O relatório destaca o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, criticando a flexibilização da Lei das Estatais, o que resultou em uma piora nas relações entre o governo e o Congresso, incluindo o loteamento de estatais. A Petrobras, principal empresa brasileira, foi mencionada como exemplo, sofrendo os impactos de regras mais frouxas no estatuto e nomeações de gestores, inclusive indivíduos investigados por corrupção.
Em meio às críticas, o relatório ressalta um ponto positivo da atual gestão: a decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) de reverter sigilos de documentos determinados pelo governo anterior. Destaca-se também um avanço no controle social da corrupção, com a CGU revertendo sigilos abusivos e estabelecendo regras para evitar novas violações à Lei de Acesso à Informação.
A operação da Polícia Federal que investiga alegada espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também é mencionada como um aspecto positivo no combate à corrupção, evidenciando a atuação das instituições para coibir práticas ilícitas.
Além disso, a aprovação da Reforma Tributária é avaliada como um ponto favorável, com potencial para diminuir a possibilidade de regimes especiais e a influência do lobby ou pagamento de suborno a autoridades. Essa medida é vista como um passo importante no sentido de fortalecer as bases para a integridade e transparência no ambiente político e econômico do Brasil.
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