No dia 13 de fevereiro, Wilson Vieira Santos, um pintor de 41 anos residente em Santa Inês-MA, faleceu, deixando sua família envolta em uma tragédia que expõe os desafios enfrentados por pacientes em hospitais psiquiátricos do Maranhão.
A vida de Wilson mudou há quase duas décadas, quando desenvolveu esquizofrenia após uma decepção amorosa. Mesmo enfrentando surtos e internações, conseguiu manter uma vida controlada até recentemente.
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A tragédia começou quando Wilson foi encaminhado ao Hospital Nina Rodrigues e, surpreendentemente, foi direcionado à Clínica São Francisco, onde passaria três meses com severas restrições de visitas. Ao término desse período, a família foi convocada devido à piora do estado de saúde do pintor.
Ao chegar ao hospital, a família deparou-se com uma cena chocante. Wilson apresentava traumatismo craniano, hematomas por todo o corpo, a pele visivelmente queimada e marcas de botas nas costas. A explicação dada pela clínica – uma queda acidental durante a qual ele teria quebrado uma xícara – foi questionada diante da gravidade das lesões.
O estado de saúde de Wilson era crítico, levando a Clínica São Francisco a recomendar seu encaminhamento urgente ao Hospital Socorrão 1. No entanto, ele já se encontrava em estado vegetativo, com poucas perspectivas de recuperação, deixando a família angustiada pela possibilidade iminente de óbito.
No dia 13 de fevereiro, Wilson não resistiu e faleceu, lançando luz sobre os desafios enfrentados por pacientes em hospitais psiquiátricos do Maranhão. A família, revoltada, busca por justiça, contando com o apoio da Defensoria Pública e do Ministério Público do Maranhão. O caso de Wilson Santos não é isolado e evidencia a necessidade de medidas para investigar essas instituições, garantindo a segurança e o respeito aos direitos humanos daqueles que buscam tratamento nessas unidades.
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