O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição e declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris para liderar a chapa democrata nas próximas eleições. Em um comunicado divulgado no X (antigo Twitter), Biden afirmou que cumprirá seu mandato até janeiro de 2025.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.
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Kamala Harris, em resposta ao anúncio, expressou sua gratidão pelo apoio de Biden e afirmou que fará todo o possível para unir o Partido Democrata e os Estados Unidos na luta contra Donald Trump nas eleições de novembro.
Logo após a notícia da desistência de Biden, Donald Trump, candidato republicano, criticou a decisão em sua conta no Truth Social, dizendo que Biden “não estava apto para concorrer à presidência”.
O ex-presidente Barack Obama também se manifestou sobre a decisão de Biden. Em um comunicado publicado na plataforma Medium, Obama descreveu Biden como “um patriota da mais alta ordem”. Biden foi vice-presidente durante os dois mandatos de Obama, de 2009 a 2017.
O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, reagiu à notícia no X, afirmando que “se Biden não está apto para disputar a Presidência, ele não está apto para servir como presidente”.
A desistência de Biden ocorre após pressões significativas do partido e de parte do eleitorado democrata. A crise na campanha de Biden começou no fim de junho, após um desempenho insatisfatório em um debate contra Donald Trump, que levantou dúvidas sobre sua capacidade cognitiva.
Apesar das pressões, Biden resistiu de diversas formas, concedendo entrevistas, realizando reuniões com governadores democratas e negando qualquer declínio cognitivo ou físico. Ele afirmou repetidamente que não desistiria e que venceria a eleição.
Nos últimos dias, contudo, os rumores de desistência aumentaram. Fortes vozes dentro do Partido Democrata, como o ex-presidente Barack Obama e a ex-líder da Câmara Nancy Pelosi, expressaram insegurança quanto à candidatura de Biden. De acordo com a “CNN”, Pelosi teria dito a Biden que ele não venceria, enquanto Obama, em conversas privadas, demonstrou preocupações sobre as chances de reeleição do presidente.
Biden foi diagnosticado com Covid-19 na quarta-feira (17), obrigando-o a suspender eventos de campanha e entrar em isolamento em sua residência em Delaware. Segundo fontes da imprensa norte-americana, a pressão crescente levou Biden a reconsiderar sua candidatura.
Uma fonte próxima à Casa Branca informou à Reuters que a decisão final foi tomada neste domingo. “Na noite passada, a mensagem era para seguir em frente com tudo, a todo vapor. Por volta das 13h45 de hoje, o presidente informou sua equipe sênior que havia mudado de ideia”. A decisão surpreendeu muitos funcionários da Casa Branca.
O Partido Democrata ainda não anunciou oficialmente quem será o novo candidato para disputar a eleição contra Donald Trump.
Com informações do G1.
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