No último domingo, 16 de setembro, o povo Akroá-Gamella, que vive no Território Indígena Taquaritiua, em Viana (MA), foi alvo de um ataque a tiros. Cartuchos de bala foram encontrados espalhados pela comunidade, até mesmo nas camas das residências. Apesar da gravidade da ação, nenhum dos indígenas foi atingido.
A situação de tensão na região é antiga, com raízes que remontam à década passada, quando os Akroá-Gamella iniciaram o processo de retomada de suas terras ancestrais. A recente investida, porém, levanta novas questões sobre a identidade dos responsáveis pelo ataque e os motivos que os levaram a promover tal violência.
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A denúncia sobre o atentado foi feita pelo Conselho Indigenista Missionário no Maranhão (Cimi/MA) e pela Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, organizações que atuam na defesa dos direitos indígenas e tradicionais.
Ameaças Antecederam o Ataque
Dias antes do atentado, na sexta-feira, 13 de setembro, o povo indígena já havia recebido ameaças. Mensagens de áudio, enviadas por um homem não identificado, afirmavam que “os indígenas deveriam ser surrados” por bloquearem a passagem de carretas de lixo em seu território.
O bloqueio, que teve início em 28 de agosto, é parte da luta dos Akroá-Gamella contra a formação de um lixão dentro de suas terras, utilizado por prefeituras da região. Os indígenas denunciam que o acúmulo de lixo está contaminando as águas locais e prejudicando a saúde da comunidade, com o aumento do número de moscas e outros problemas sanitários.
Cimi e Movimentos de Apoio se Posicionam
Em resposta ao ataque, o Cimi/MA usou as redes sociais para reiterar seu apoio à luta dos Akroá-Gamella. “Estamos a favor da retomada pelo povo e por um território indígena livre, sem lixão e sem ameaças!”, declarou a organização.
A situação no Território Indígena Taquaritiua segue tensa, e as lideranças indígenas pedem apoio e proteção das autoridades para garantir a segurança da comunidade e o respeito aos seus direitos territoriais.
Um Conflito Histórico
O conflito pela posse da terra no Maranhão é parte de uma longa e complicada disputa entre indígenas e interesses econômicos, como fazendeiros e empresas. A retomada territorial dos Akroá-Gamella é uma luta pela recuperação de espaços que historicamente lhes pertencem, mas que foram sendo apropriados ao longo dos anos.
Agora, com o agravamento da situação, a pergunta que paira é: quem está por trás desses novos ataques? E o mais importante, quais medidas serão tomadas pelas autoridades para evitar que tragédias maiores aconteçam?
Com informações da Agência Tambor
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