Em uma pequena sala reformada com recursos da venda de seus próprios livros, o escritor Bruno Black está transformando vidas na comunidade Fumacê, no Rio de Janeiro. O “Clube das Palavras”, um projeto literário inovador, acontece uma vez por mês e reúne moradores locais em um evento que celebra a literatura e a troca de conhecimentos.
A iniciativa começou de forma humilde, mas já conquistou corações e mentes. Utilizando os lucros de suas vendas literárias, Bruno Black reformou sua sala e começou a convidar autores para encontros mensais com a comunidade. Cada sessão inclui uma série de atividades: sessões de autógrafos, bate-papos, oficinas literárias e produção textual. Os encontros, que duram cerca de cinco horas, são patrocinados por comerciantes locais que contribuem com lanches para os participantes.
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“O mais incrível é ver o impacto positivo que isso está gerando na comunidade. As pessoas estão se conectando, compartilhando histórias e aprendendo juntas”, disse Bruno Black, com entusiasmo. Ontem, uma notícia trouxe ainda mais alegria: uma editora de São Paulo se comprometeu a patrocinar um livro do Clube das Palavras, em reconhecimento ao impacto significativo do projeto.
A repercussão tem sido tão grande que a comunidade Fumacê já foi destaque em uma matéria do jornal O Globo. A jornalista Leila Steringberg, que recentemente visitou o clube, ficou impressionada com o que viu e ouviu.
Mas a visão do projeto vai além das fronteiras do Rio de Janeiro. Uma vez por ano, Bruno Black viaja para a Bahia, onde realiza uma turnê de vinte dias, levando a mensagem de que é possível organizar iniciativas culturais em qualquer comunidade, independentemente do apoio governamental ou de grandes patrocínios.
“A ideia é sensibilizar outras comunidades para que percebam que os sonhos são possíveis através da literatura. A nossa história mostra que, com união e perseverança, tudo pode se transformar”, comentou Bruno.
O próximo grande passo do Clube das Palavras será o lançamento do livro patrocinado na Bienal do Rio de Janeiro. “Tudo começou de forma simples, apenas reunindo pessoas, e agora estamos prestes a lançar um livro na Bienal. Isso mostra o poder da literatura e da comunidade”, concluiu Bruno.
O Clube das Palavras é uma prova viva de que iniciativas locais podem gerar mudanças significativas. E que, em cada favela, em cada comunidade, há potencial para transformar sonhos em realidade através do poder da literatura.
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