Chefe de Gabinete de Carlos Bolsonaro é acusado de receber mais de R$ 2 milhões em créditos de funcionários nomeados pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Jorge Luiz Fernandes é o principal alvo da investigação sobre suspeita de rachadinha no gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ) levantou a movimentação financeira e demonstrou que Fernandes usou contas pessoais para pagar despesas do filho de Carlos Bolsonaro.
A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada solicitou ao Laboratório de Lavagem investigações complementares para determinar se os pagamentos foram eventuais ou regulares e se Carlos Bolsonaro se beneficiou diretamente do desvio dos salários de seus servidores. Segundo o documento obtido pelo GLOBO, Fernandes recebeu créditos de seis funcionários entre 2009 e 2018, totalizando R$ 2,014 milhões. Os promotores apuram se os funcionários devolviam parte ou o valor integral de seus salários para o vereador, caracterizando a prática conhecida como “rachadinha”.
Os promotores também estão investigando a situação de Marta Valle, professora de educação infantil e cunhada de Ana Cristina Valle. Valle foi nomeada para o gabinete de Carlos Bolsonaro em novembro de 2001 e permaneceu no cargo por sete anos e quatro meses. Em entrevista à revista Época, ela afirmou que nunca trabalhou para o vereador, mas sim para a família de seu marido, que tem o sobrenome Valle.
O laudo produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio é considerado suficiente para imputar o crime de peculato ao chefe de Gabinete de Carlos Bolsonaro. A investigação é mais um capítulo na polêmica envolvendo a família Bolsonaro e suspeitas de corrupção durante os mandatos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos.
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